domingo, 31 de maio de 2009

Como nasce uma pedra



Por vezes, quando penso na minha vida, olho à minha volta e vejo milhões de pedacinhos de vidro espalhados por toda a parte, pequenas fracções de mim que fui perdendo pelo caminho e nunca voltarei a recuperar. Ainda que eu tentasse pacientemente colar todos os vidrinhos, como um puzzle, faltariam sempre peças, existiriam sempre falhas…

Existem problemas que nos perseguem a vida toda e por muito que fujamos eles estão eternamente à espera, assombrando-nos como fantasmas, aparecendo do nada. Basta uma pequena memória e eles voltam, amedrontam-nos e impedem-nos de avançar.

Todas as pessoas que nos dizem algo, mais cedo ou mais tarde acabam por nos falhar. E logo elas, aquelas pessoas, as únicas que jamais poderiam magoar-nos, fazem-no. Então, ficamos assim atordoados, como se nos tivesse caído o céu na cabeça, mas porém impávidos, incapazes de reagir. Acreditem! Pode demorar dias, meses ou anos, mas aqueles que amamos hão-de sempre magoar-nos. Nesses dias, a dor há-de consumir-nos por dentro como uma fogueira e os nossos joelhos dobrar-se-ão para tocar o solo. O nosso coração rasgar-se-á a meio, levaremos as mãos à cabeça e iremos chorar até que os nossos olhos estejam mais secos que o deserto. E ainda que os nossos gritos se oiçam para lá do infinito ninguém nos poderá valer, ninguém se irá importar, nem o mundo irá parar para se apiedar de nós. Aí nesse momento, desprovidos de qualquer réstia de esperança, tomamos consciência do quanto somos pequenos, de quão fúteis são todas as coisas, de quantas expectativas tolas e ilusões criamos…

Em certos dias sinto-me imóvel e inútil como solo infértil. Como posso semear algo em mim, se de mim nada nasce? Tudo morre, tudo seca, nada frutifica!

Este mundo não está feito à medida de pessoas fracas, pois quem fraqueja perde. Eu tento ser como uma árvore com raízes tão profundas quanto possível para aguentar os ventos mais fortes e as piores tempestades, não quero ser varrida à primeira ventania. Dizem que as árvores morrem de pé, mas não sei quanto tempo mais conseguirei aguentar os agrestes temporais desta vida. Talvez seja desta forma que nascem as pedras…

Paula Correia


sábado, 9 de maio de 2009

10 de Maio - Dia Mundial do Lúpus


10 de Maio - Dia Mundial do Lúpus


O Lúpus é uma doença crónica, auto-imune e que causa inflamação e danos em qualquer tecido ou sistema do organismo.
Entre os sintomas mais comuns estão as dores articulares, febre, fadiga crónica, problemas renais, anemia, manchas cutâneas, tromboses, enfartes e fotosensibilidade.

Afecta um número muito elevado de doentes em todo o mundo.

É uma doença ainda pouco conhecida e de diagnóstico difícil.

Ao reencaminhar esta mensagem para todos os seus amigos está a contribuir para uma maior divulgação desta doença.

Obrigada pela sua colaboração e ajuda.



Associação de Doentes com Lupus (Portugal)

Linha Verde: 800 200 231

email: a.lupus.norte@gmail.com



Para quem não sabe, eu tenho Lúpus à quase 23 anos. Quero neste dia desejar a todos os Doentes com Lúpus muita força e coragem e dizer-lhes que as nossas batalhas são duras, mas são elas que nos tornam mais fortes!