Avó Francica - 7/8/1923 - 28/1/2005
A maior dor
Cresceste, querida avó, tão pobrezinha...
O pé descalço e um sorriso rasgado.
Tempo em que eras feliz e dançavas
E eras a mais linda do povoado!
A vida encaraste-a de frente,
Com a força que só há numa mulher.
Falavas de tristeza alegremente
E a todos nós tu deste um novo Ser.
Mas hoje neste dia tão cinzento,
As minhas mãos nas tuas, já tão frias,
Dão nova voz ao meu pior tormento.
Que possas ver-me tu da eternidade,
Já que adeus, eu não pude dizer-te
E o peito dilacera-se em saudade...
Paula Correia,
a tua neta que te ama muito.
Três longos anos, desde que te vi partir. Desapareceste da minha vida, mas nunca do meu coração...
1 comentário:
Compartilho da mesma dor... da mesma saudade...por isto compreendo tamanho sentimento em doces e ternas palavras.
Lindo blog!
Catarina Poeta
Enviar um comentário