domingo, 27 de janeiro de 2008

Perder-te

Se soubesse que para sempre te perderia,

Fincava bem fundo as raízes minhas

No solo desgrenhado do teu coração.

Sorrindo ao espelho, eu não te vi presente.

Tinhas partido de mim, meu amor.

Olha, ao longe se avistam as gaivotas.

Batem asas no silêncio vespertino

E apontam-me os nossos destinos,

Separados, murados, escondidos...

E eu que fujo dos braços da água

Para olvidar-me da tua voz de mar.

Doem-me os olhos de não te ver.

Esta luz do Sol que não me aquece,

É a ausência tua, um fruto amargo,

Que a vida ousou plantar dentro de mim!


(A beleza do meu Ser - Corpos Editora)

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